Brasil registrou em 2023 o maior superávit comercial de sua história
A Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, publicou nesta sexta-feira (5), a balança comercial do Brasil com um saldo positivo de US$ 98,84 bilhões entre as vendas e as compras com o exterior. Esse resultado foi 60,6% superior ao de 2022, quando o país também havia batido o recorde de US$ 62,3 bilhões.
O desempenho histórico da balança comercial brasileira foi impulsionado pelo aumento das exportações, que somaram US$ 339,67 bilhões em 2023, um crescimento de 1,7% em relação ao ano anterior. Por outro lado, as importações caíram 11,7%, totalizando US$ 240,83 bilhões. A queda nas compras externas reflete a recessão econômica que o país enfrenta, com baixa demanda interna, desvalorização do real e escassez de insumos.
Entre os setores que mais contribuíram para o aumento das exportações, destacam-se a agropecuária, que cresceu 9,0% e atingiu US$ 81,48 bilhões, e a indústria extrativa, que avançou 3,5% e chegou a US$ 78,83 bilhões. Já a indústria de transformação registrou uma queda de 2,3% nas vendas externas, somando US$ 177,19 bilhões.
No mês de dezembro, o superávit comercial brasileiro foi de US$ 9,36 bilhões, mais que o dobro do registrado no mesmo mês de 2022, quando foi de US$ 4,53 bilhões. As exportações no último mês do ano foram de US$ 28,84 bilhões, um aumento de 9,5% na comparação anual, enquanto as importações recuaram 10,7%, para US$ 19,48 bilhões.
O resultado da balança comercial em 2023 foi analisado pelo jornalista Roberto de Lira, especialista em economia, finanças e negócios, em sua coluna no site InfoMoney. Segundo ele, o superávit recorde é positivo para as contas externas do país, mas também revela as dificuldades que o Brasil enfrenta para se inserir no comércio internacional de forma mais dinâmica e diversificada. Ele também comentou sobre a ideia de uma moeda comum para transações entre Brasil e Argentina, que foi retomada pelo governo de Fernando Haddad, mas que enfrenta resistências e desafios, devido a politica econômica proposta pelo presidente argentino Javier Milei.
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