Os últimos dois jogos da seleção brasileira foram cruciais para Dorival Júnior. Milhares de torcedores já estavam utilizando os sites de apostas esportivas para tentar prever se o treinador permaneceria no cargo ou não. Caso o Brasil tivesse maus resultados, sua situação ficaria bastante complicada. No entanto, as duas vitórias fizeram com que a "amarelinha" e seu comandante voltassem a respirar aliviados.
É verdade que os seis pontos conquistados nas Eliminatórias Sul-Americanas não escondem os desafios que ainda virão pela frente. Afinal, vale ressaltar que o Brasil enfrentou justamente as duas piores seleções do torneio: Chile, penúltimo colocado, e Peru, o lanterna.
A primeira partida, contra o Chile, começou complicada, e o Brasil sofreu um gol logo aos dois minutos de jogo. Apesar disso, mesmo sem convencer, a seleção conseguiu a virada, com gols de Igor Jesus e Luiz Henrique.
Depois, contra o Peru, o Brasil já foi capaz de se impor e goleou o adversário por 4 a 0. Os dois resultados foram fundamentais para Dorival Júnior conseguir um pouco de tranquilidade para a sequência do trabalho.
Tabela de classificação
Antes das duas rodadas, o Brasil ocupava a quinta posição, com 10 pontos, e era a penúltima seleção com vaga garantida para a Copa do Mundo. Apesar disso, estava apenas dois pontos à frente da Bolívia, que era a primeira seleção fora da zona de classificação para o Mundial (ou para a repescagem).
Com as vitórias sobre Chile e Peru, porém, o cenário já ficou muito mais tranquilo para o Brasil. A equipe comandada por Dorival Júnior subiu para a quarta posição, com 16 pontos, e está empatada com o Uruguai, terceiro colocado.
Além disso, a diferença para o oitavo colocado, que é o primeiro a ficar fora da Copa do Mundo, subiu para cinco pontos.
É certo que a seleção ainda tem muito a evoluir, inclusive em variação tática. Dorival ainda tem muitas dificuldades para mudar o jogo da seleção quando tem um resultado adverso. Contra rivais mais fortes, ainda mais em uma Copa do Mundo, disputada no estilo mata-mata, ter esse domínio da equipe é fundamental.
Jogadores talentosos
Todos sabem que o futebol brasileiro atual não é nem sombra do que já foi no passado. O número de craques revelados no país era enorme há cerca de duas décadas, enquanto a situação hoje é bem diferente.
Entretanto, não se pode afirmar que o Brasil não conte com bons jogadores. A maioria dos convocados, como se sabe, atua em grandes clubes europeus. Vini Jr. e Rodrygo, por exemplo, vêm sendo dois dos principais destaques do poderoso Real Madrid,
Alisson e Ederson atuam em gigantes da Premier League, assim como Gabriel Magalhães, Gabriel Martinelli e Savinho. O próprio Danilo, bastante contestado, é jogador da Juventus, e Raphinha é um dos principais nomes do Barcelona.
E quem não atua em um gigante europeu está em um "novo rico" do Velho Continente. Tudo isso mostra, portanto, que o Brasil tem condições de formar um time competitivo, capaz de brigar pela Copa do Mundo, por exemplo.
Além de os jogadores estarem nos principais clubes da Europa, há alguns muito talentosos. O principal deles, claro, é Neymar. É preciso ver como o craque vai voltar de sua lesão e se conseguirá jogar em alto nível até o próximo Mundial.
Mas Rodrygo, Vini Jr., Endrick e o próprio garoto Estevão também têm um grande futuro pela frente. Dessa forma, se o Brasil já não é mais a seleção dominante que estava muito acima das demais, ainda tem condições de competir.
Dorival Júnior, portanto, tem um grande desafio pela frente: transformar o Brasil em uma equipe capaz de enfrentar e vencer seleções fortes na Copa do Mundo. A primeira impressão, na Copa América, não foi boa, mas ele ainda terá tempo para mudar esta imagem.
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