201 homens são presos nus em estabelecimento apontado como casa de prostituição masculina na Malásia
A polícia de Kuala Lumpur, na Malásia, prendeu 201 homens nus dentro de um estabelecimento que, segundo as autoridades, funcionava como um local de prostituição exclusivo para homens, embora fosse apresentado publicamente como um “centro de saúde”. A operação ocorreu na noite de sexta-feira (28), no bairro de Chow Kit, após duas semanas de monitoramento. Outros sete funcionários também foram detidos.
A homossexualidade é ilegal na Malásia, tanto para homens quanto para mulheres. O Código Penal criminaliza relações entre pessoas do mesmo sexo e expressões de gênero consideradas “não conformistas”, e pessoas trans também são alvo frequente de perseguição.
Conforme publicação do jornal Extra, durante a ação, policiais encontraram produtos eróticos, preservativos e lubrificantes. No momento da abordagem, os frequentadores estavam nus, cobrindo as partes íntimas com toalhas, e foram conduzidos para averiguação. Houve tumulto, com alguns tentando esconder o rosto ou deixar o local rapidamente, sem sucesso.
O estabelecimento tinha dois andares, com salas fechadas, áreas escuras, sauna e jacuzzi. Segundo o chefe de polícia da capital, os frequentadores tinham entre 19 e 60 anos, incluindo 24 estrangeiros — entre eles cidadãos da Coreia do Sul, Indonésia, Alemanha e China.
O delegado responsável, Azani, afirmou que o “centro” atraía muitos clientes locais e estrangeiros e operava havia oito a dez meses, com divulgação em redes como TikTok e por recomendações. Cada cliente pagava 35 ringgits (cerca de R$ 42) por entrada, além de uma taxa adicional de RM10 (R$ 7) para registro de novos visitantes. Entre os detidos havia profissionais como professor, promotor, cirurgião e um médico de 53 anos.
Todos foram levados ao Departamento de Polícia do Distrito de Dang Wangi para exames toxicológicos e continuidade das investigações. O caso é apurado sob o Artigo 377B do Código Penal, que trata de “atos sexuais contra a natureza”.
Além disso, 80 homens muçulmanos serão investigados pelo Departamento Religioso Islâmico por possível envolvimento em “atividades indecentes”.
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