sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Federação União Progressista pode redesenhar cenário na Bahia; seis deputados estaduais do PP migrarão para outras siglas

 

Os seis deputados eleitos pelo PP em 2022 estão de malas arrumadas para deixarem o partido

 

A federação entre União Brasil e Progressistas (PP), batizada de União Progressista, avança para a etapa final de formalização. Os presidentes nacionais das duas siglas, Antônio de Rueda e Ciro Nogueira, respectivamente, agendaram para o dia 19 de agosto as convenções partidárias que devem aprovar o estatuto da nova federação. Os encontros ocorrerão simultaneamente em Brasília e selarão a união entre duas das maiores bancadas do Congresso Nacional.

Na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), por exemplo, os seis deputados estaduais do PP – Antonio Henrique Júnior, Eduardo Salles, Felipe Duarte, Hassan, Nelson Leal e Niltinho atualmente aliados do governo estadual, analisam como deixarão a legenda após a união com o União Brasil, comandado no estado por ACM Neto, vice-presidente nacional do partido. O principal motivo é a incompatibilidade da nova federação com a permanência na base governista local, liderada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT).

Sete partidos já demonstraram interesse em acolher os deputados dissidentes: Avante, PDT, PCdoB, Solidariedade, PSB, PSD e Podemos. Entre eles, o Avante é apontado como o destino mais provável para o grupo, que busca preservar a aliança com o Palácio de Ondina.

Na Bahia, a federação já se consolida como uma força política. Somando os números das duas siglas, são 80 prefeitos e 789 vereadores, de acordo com dados do TSE, além de uma boa representação na bancada baiana da Câmara dos Deputados.

O prefeito de Jequié, Zé Cocá, é uma das lideranças eleitas na legenda do PP que também poderá deixar o partido. Apesar de ainda tensionar a decisão para o final do ano,  de quem estará apoiando em 2026, na disputa pelo governo da Bahia, pessoas mais próximas do chefe do executivo jequieense, apostam que ele fará opção pelo retorno à liderança petista, da qual se afastou nas eleições de 2022.

A expectativa dos defensores da futura União Progressista é de  fortalecimento do desempenho das legendas nas eleições municipais de 2026 e amplie seu poder de articulação política em nível federal. Com a oficialização e posterior registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o novo arranjo pode provocar mudanças no cenário político da Bahia.

Com a fusão, a União Progressista passa a reunir 109 deputados federais, 14 senadores, seis governadores, mais de 1.300 prefeitos e cerca de 12 mil vereadores em todo o país. Segundo ACM Neto, trata-se da consolidação da “maior força política do Brasil” e a ideia que vem sendo materializada é de formar o maior bloco político não apenas no Congresso, mas também nos Estados e municípios.

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WALDEMIR VIDAL

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