Deputada Carla Zambelli diz que não vai voltar ao Brasil: “Vou cumprir pena aqui na Itália”

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) gravou um vídeo momentos antes de sua prisão na Itália, na terça-feira (29). Segunda a parlamentar, ela decidiu se entregar às autoridades italianas por ainda ser um país que tem “Justiça e democracia”.
No registro, ela também garante que não vai retornar ao Brasil para cumprir a pena e ainda criticou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e os colegas de Corte.
“[Na Itália] Não temos a autoridade ditatorial de Alexandre de Moraes e seus comparsas da Suprema Corte. Eu estou tranquila de que aqui eu conseguirei Justiça para o meu caso. Quando eu digo que aqui eu sou intocável, é porque eu sei que só Deus pode me tocar. Eu não vou voltar ao Brasil para cumprir pena. Se tiver de cumprir pena, eu vou cumprir aqui na Itália, que é um país justo e democrático”, afirmou.
A aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse acreditar que a sua inocência será provada pela Justiça do país europeu.
“Eu estou segura que analisando todos os processos, de cabo a rabo, eles vão perceber que eu sou inocente, porque eu não ordenei a invasão ao CNJ. Eles estão tomando a palavra de um mentiroso que mudou cinco vezes o depoimento e a palavra dele vale mais que a minha pra me condenar. O que é isso senão uma perseguição política? Eu vou continuar lutando aqui da Itália para que depois eu possa voltar ao nosso país”, garantiu.
“Eu sei que Deus está olhando para o nosso Brasil e que nós podemos contar com ele. É por isso que com a alma limpa e o coração tranquilo, eu vou me apresentar às autoridades porque eu não estou fugindo, eu estou resistindo por vocês, por nossos amigos e pela minha família”, pontuou.
A CNN informou que a defesa da parlamentar afirmou que ela decidiu se apresentar voluntariamente. Ela deve alegar que está doente e pedir para não ser deportada. A deputada brasileira está na lista da difusão vermelha da Interpol após pedido do ministro Alexandre de Moraes.
Em vídeos recentes nas redes sociais, a bolsonarista se autodeclarou como uma “exilada política”. Ela havia sido condenada a 10 anos de prisão no caso da invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
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