quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Punição para envolvidos no caso da cabeça de porco pode ser de até dois anos de prisão

 


Por Redação

Cabeça de porco arremessada em campo durante clássico entre Corinthians e Palmeiras
Foto: Reprodução / Premiere

Três torcedores serão responsabilizados por arremessarem uma cabeça de porco no gramado da Neo Química Arena durante a partida entre Corinthians e Palmeiras, na última segunda-feira (4), pela 32ª rodada do Brasileirão. Dois destes adeptos passaram pelo Juizado Especial Criminal (Jecrim) para prestar depoimento após o jogo e foram liberados. O terceiro homem foi encontrado depois de ter confessado a autoria nas redes sociais.

 

O caso está sendo investigado pelo Drade (6ª Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva), Órgão responsabilizado pela Polícia Civil de São Paulo. Os envolvidos podem ficar até dois anos presos, além de possível proibição de no máximo três anos nos estádios.

 

O torcedor que revelou ser um participantes do ocorrido é Rafael Modilhane, apelidado de "Cicatriz". Em suas redes sociais, ele publicou um vídeo do momento em que comprou a parte do corpo do animal no Mercado Municipal de São Paulo, localizado no centro da capital paulista.

 

Identificado em seu perfil do Instagram, o homem usou a rede para fazer um pedido de ajuda aos torcedores.

 

"Preciso de três advogados para logo de manhã. Aparece meus anjos da guarda", disse Rafael na noite desta terça-feira (5).

 

Rafael prestou depoimento ao DRADE nesta quarta-feira (6) e responde em liberdade. Os outros dois torcedores ainda não foram identificados.

 

É CONFIGURADO CRIME?

Os três personagens do caso responderão pelo crime de "Provocação de Tumulto" previsto na Lei Geral do Esporte (Lei nº 14.597/2023).

 

Enquadrado no Artigo 201, o crime acontece quando uma pessoa provoca uma confusão em eventos esportivos, nas proximidades ou no próprio local da partida. Na regra inclui atos que estimulem conflitos entre torcedores, perturbem a paz ou comprometam a segurança das pessoas presentes no ambiente.

 

Os autores do arremesso podem ser condenados a até dois anos de reclusão e proibidos de frequentar eventos esportivos por até três anos. A gravidade da pena pode sofrer mudanças de acordo com os antecedentes dos envolvidos.

 

CORINTHIANS NA INVESTIGAÇÃO

Investigador do caso, César Saad revelou que o Corinthians está auxiliando na apuração dos fatos. O clube paulista enviou imagens de câmeras de segurança da Neo Química Arena.

 

"A polícia já requisitou as imagens para o Corinthians, e o departamento jurídico do clube já fez contato com a delegacia para que eles disponibilizem o máximo de imagens possíveis, para que a gente possa identificar se isso foi facilitado por um prestador de serviço que já estava lá dentro do estádio, ou de que forma que isso entrou. Esse é o próximo passo da investigação", afirmou o investigador em entrevista à CNN.

https://www.bahianoticias.com.br/esportes

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