Dorival Júnior comemora goleada diante do Peru, mas prega pés no chão: "A oscilação é natural"
Treinador da Seleção Brasileira, Dorival Júnior concedeu entrevista coletiva na madrugada desta quarta-feira (16), na sala de imprensa do Mané Garrincha, após a goleada de 4 a 0 sobre o Peru, em partida válida pela 10ª rodada das Eliminatórias. O treinador analisou o triunfo da Seleção Brasileira e afirmou ter visto uma melhora em campo por parte da amarelinha, entretanto, pregou pés no chão.
"Temos que ter a consciência de que é um grupo em formação e carece de ajustes. Não adianta eu falar aqui para ficarem tranquilos que repetiremos essas atuações. A equipe vai oscilar, é um fato isso. Faremos até partidas melhores do que essas. O adversário não teve chance de gols, tivemos retomadas rápidas de bola. Houve situações em que eles não trocaram passes e isso é um ponto positivo. É um processo de oscilação natural. Eu vou entender se novamente tivermos uma recaída. É natural que aconteça e vamos trabalhar para diminuir essa condição. Temos que estar preparados para a próxima rodada decisiva para as nossas pretensões. Um jogo na Venezuela e depois com o Uruguai, que é concorrente direto pela vaga. Não me iludo como não desesperei quando as contestações estavam afloradas. Eu sempre posicionei que os treinamentos mostravam algo diferente do que era mostrado nos jogos. Melhorou um pouco? Melhorou um pouco. Agora, pés no chão", declarou.
O professor também falou sobre o belo gol marcado por Andreas Pereira, o terceiro da Seleção no jogo.
"O gol do Andreas, se avaliarmos o que aconteceu, tivemos a pressão na bola, a retomada dela, a troca de lado, as infiltrações, a equipe adversária tentou uma saída, retomamos por estarmos bem montado na área, a bola bateu nos pés do nosso goleiro, começamos uma reconstrução pelo lado esquerdo, caiu para o direito, a finta do Luiz e a bela finalização do Andreas. Foram coisas trabalhadas. A dinâmica mudou a troca de passes pelo segundo gol que o adversário saiu um pouco mais. No primeiro tempo, era impossível. Precipitamos em algumas situações quando poderíamos ser mais simples", analisou Dorival.
Perguntado especificamente sobre a melhora do time no segundo tempo em relação à primeira etapa, o treinador disse estar feliz de modo geral e não somente pelo segundo tempo.
"Fico feliz de modo geral, e não especificamente pelo segundo tempo, que buscamos fazer tudo o que foi trabalhado e treinado", afirmou e completou.
"Tivemos no primeiro tempo uma equipe que se defendeu ao extremo e tentamos de todas as formas. O jogo não estava fluindo como deveria e como talvez tenhamos nos preparado. O que eu imagino é que mesmo assim conseguimos um gol importante. Na segunda etapa, a partir do momento do 2 a 0, a equipe adversária se abre um pouco mais e nos deu tudo o que queremos: campo para trabalhar".
O técnico também falou sobre o equilíbrio ofensivo e defensivo que a Seleção busca ter.
"Vínhamos tendo uma sustentação defensiva na maioria dos jogos. O que nos faltava era os ataques em profundidade. Isso não vinha acontecendo. Queríamos muito a bola nos pés do jogador, existia uma aproximação na mesma linha, o que passa uma comodidade ao adversário. A partir da próxima data, temos que trabalhar em cima coletivamente. Foi o que fizemos no CT do Palmeiras, trabalhando muito a infiltração, os movimentos de ataque, o movimento sujo sem que receba a bola e isso nos deu profundidade. Talvez tenha sido o melhor ganho", finalizou.
Em novembro, o Brasil volta a campo para encarar a Venezuela, fora de casa, e o Uruguai, na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, em Salvador, para fechar o ano.
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