Jogadora de basquete processa WNBA e ex-time por descriminação após engravidar
A jogadora de basquete Dearica Hamby processou a WNBA (liga norte-americana) e o Las Vegas Aces na última seguda-feira (12), acusando o time e a liga de descriminá-la quando ela engravidou. A ala de 30 anos entrou com uma ação no tribunal federal de Nevada (EUA). Presente em Paris na seleção norte-americana de basquete 3x3, a atleta conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos.
Ela fez parte do time de Las Vegas que, sob o comando de Becky Hammon, foi proclamado campeão da WNBA em 2022. O texto da denúncia explica que em junho do mesmo ano, a jogadora e a equipe concordaram com a prorrogação de seu contrato por dois anos. Além disso, os Ases lhe prometeram “certos benefícios e incentivos adicionais”, como a possibilidade de viver em um alojamento proporcionado pela franquia ou o pagamento de mensalidades na escola particular da sua filha, Amaya.
Em julho do mesmo ano, Hamby descobriu que estava grávida do segundo filho e em agosto contou à equipe. “Depois de divulgar sua gravidez a público (em setembro de 2022), Hamby passou por mudanças notáveis na forma como foi tratada pela equipe do Las Vegas Aces”, diz parte do processo.
Nesse sentido, a jogadora cita que a mensalidade da filha não foi paga conforme combinado com o clube em contrato e que ela foi convidada a se retirar do alojamento que a franquia havia fornecido. Em janeiro de 2023, segundo a história de Hamby, a jogadora teve uma conversa telefónica com Becky Hammon, que lhe perguntou se tinha planeado a gravidez e disse-a que ela não tinha tomado “precauções adequadas” para a ter evitado.
Hamby também afirma que Hammon a acusou de assinar a renovação sabendo que estava grávida e que questionou seu “compromisso e dedicação” com a equipe. Dias depois foi anunciada sua transferência para o Sparks e Hamby acusou os Aces nas redes sociais de discriminá-la por causa de sua gravidez.
A acusação levou a uma investigação realizada pela WNBA, que foi concluída em maio de 2023 com uma suspensão de dois jogos para Hammon “por violação das políticas de respeito no local de trabalho” e a retirada da primeira escolha dos Ases no draft de 2025. Esta resolução pareceu insuficiente para Hamby e por isso ele tomou a iniciativa de ajuizar esta ação. Hammon rejeitou as acusações na época e garantiu que a gravidez não era “um problema” nem o motivo da transferência da ala para o time de Los Angeles.
“Tomamos a decisão de transferir Hamby porque poderíamos contratar três jogadoras em vez de seu contrato e queríamos ter mais três jogadoras”, disse a treinadora.
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