quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Docentes da UESB paralisarão as atividades na segunda-feira, 19 de agosto

 


Crédito: Divulgação Adusb

Em assembleia geral da Adusb realizada na manhã de terça-feira (13), no auditório Anísio Teixeira, Módulo de Educação, campus da Uesb em Itapetinga, docentes rejeitaram a última proposta salarial do governo do estado, de um reajuste pago em 3 anos, correspondente ao índice da inflação do ano anterior, medido pelo IPCA, adicionado de 1%, pagos na data-base da categoria, que é janeiro. Para demonstrar insatisfação, a categoria aprovou por unanimidade na assembleia, uma paralisação na próxima segunda-feira, dia 19 de agosto de 2024, quando acontece a próxima reunião de negociação com o governo do estado.

Os portões serão fechados e as atividades docentes suspensas nos três campi da UESB. Durante a paralisação ocorrerão atividades de mobilização em Itapetinga, Jequié e Vitória da Conquista, a serem divulgadas em breve nas redes e site da Adusb.

A categoria aprovou indicativo de greve, em 10 de junho, após o governo se recusar a apresentar propostas numa das reuniões iniciais¹.

Em seguida, com o indicativo de greve aprovado, o governo do estado apresentou a proposta de reajuste de 4,7% ao ano nos próximos 3 (três) anos, rejeitada pelas assembleias docentes das universidades estaduais².

Assim, o Fórum das ADs continuou discutindo todos os itens da pauta de reivindicação nas mesas de negociação seguintes, e apresentou contraproposta de 11,77% de reajuste anual pelos próximos 4 (quatro) anos ou 14,67% pelos próximos 3 (três) anos, índices baseados em estudo do DIEESE.

Na mesa de negociação que aconteceu no dia 30 de julho, o governo estadual apresentou uma nova proposta. A recomposição das perdas inflacionárias do ano anterior, medidas pelo IPCA, respeitando a data-base e, sobre isso, um índice de 1%, inicialmente, nos próximos 4 (quatro) anos. No dia 13 de agosto, reavaliaram a proposta e, com a justificativa de impedimento colocado pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), o governo informou que só seria possível garantir os reajustes para os próximos 3 (três) anos.

Em avaliação, o movimento docente entendeu que dessa maneira levaria cerca de 28 anos para recompor as perdas de aproximadamente 35% acumuladas no período do governo Rui Costa (PT). Por isso, a proposta foi rejeitada por unanimidade.

Para continuar as negociações com a administração estadual, a assembleia da Adusb aprovou uma nova contraproposta elaborada pelo Fórum das ADs, com base em um levantamento realizado tendo em vista os ganhos reais conquistados pela categoria no governo Jaques Wagner. Dessa forma, a categoria aprovou uma contraproposta que mantém a reposição das perdas inflacionárias do ano anterior medidas pelo IPCA, mas acrescenta a isso um reajuste de 4,5% de recomposição, na data-base, pelos próximos 3 (três) anos.

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WALDEMIR VIDAL

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