sexta-feira, 14 de junho de 2024

Plenária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Contas discute estratégias de fiscalização e preservação do ecossistema

 


Foto: Divulgação

 

A 51° Plenária Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Contas (CBHRC) reuniu, na última semana, membros e convidados para debater as consequências do desmatamento, a importância dos projetos de reflorestamento e educação ambiental, além da apresentação das principais atividades ambientais do município de Belo Campo, localizado no centro-sul da Bahia e uma das 24 cidades que fazem parte do território de identidade do sudoeste baiano.

 “O objetivo das reuniões do comitê é debater o que acontece ao longo do leito da bacia. É um espaço aberto onde a sociedade civil, os usuários e o poder público expressam o que acontece na sua realidade, fazem os encaminhamentos, as deliberações, discussões sobre os conflitos”, disse Tadeu Jesus Silva, presidente do Comitê.

Nas reuniões itinerantes do Comitê fica evidente a diversidade de características de cada região no território baiano. Sandro Nascimento, membro representante do poder público do comitê e coordenador de meio ambiente de Belo Campo, apresentou projetos de preservação e conscientização que já dão bons frutos na conservação dos recursos ambientais da região. As ações foram consideradas pelas outras instituições presentes, como a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), um exemplo de inspiração para outros municípios.

 

Foto: Divulgação

 

O coordenador também sinalizou a importância da parceria com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) para ações de fiscalização na exploração e uso de águas do Rio Gavião, um dos afluentes da Bacia do Rio das Contas. “Belo Campo faz divisa com a barragem de Caraíbas e de Anagé e nós temos muitas demandas daquela região. Apesar de estarmos acima da barragem, temos a questão do uso da água pela barragem, na fruticultura com o plantio de manga, por exemplo, além da pecuária. Temos também uma demanda de alguns subleitos de mineração nos leitos de rios que são afluentes do Rio Gavião e, aqui, nós buscamos o apoio técnico do Inema para regulamentar e administrar da melhor forma possível esse trabalho na área da caatinga”, explicou Sandro.

Um recurso importante apresentado pelo biólogo Ricardo Jucá Chagas, professor da Uesb e representante da sociedade civil do Comitê, é a preservação e criação de novas Unidades de Conservação na Bahia. “Elas são fundamentais dentro dos objetivos do comitê porque a vegetação íntegra serve não só para amenizar os efeitos climáticos do calor, mas para captação, purificação e retenção das águas. Essa vegetação é fundamental para a questão hídrica, é o suporte da biodiversidade. Temos espécies raras, algumas que só existem no estado da Bahia e, muitas que estão no âmbito da bacia”.

O turismo ambiental também é outro argumento apresentado pelo biólogo: “A criação de Unidades de Conservação também promove espaços de lazer qualificados, de educação, de pesquisa científica e cria um ambiente onde a gente possa ter a manutenção da vida na melhor qualidade possível. Isso gera benefícios para toda sociedade, tanto às presentes, quanto para sociedades futuras que vão precisar de um clima melhor, de água, da biodiversidade, porque ela é estratégica para o desenvolvimento do futuro do Brasil”, reforçou Ricardo.

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