Vítima de ataques racistas, Maignan, goleiro do Milan, clama por mudanças: “Não é a primeira vez”
Mais um triste episódio de racismo abalou o mundo do futebol no recente confronto entre Udinese e Milan pelo Campeonato Italiano, deixando o goleiro Maignan, vítima das ofensas, profundamente impactado. Após o incidente que resultou na paralisação do jogo, o goleiro se manifestou sobre a experiência, revelando a intensidade dos abusos que o perseguiram.
O francês afirmou ter escutado sons imitando macacos vindo das arquibancadas e afirmou ter se recusado a voltar para o jogo.
“Quando fui buscar a bola atrás do gol, ouvi sons de macaco e não falei nada. Depois aconteceu de novo, então falei com o árbitro e disse o que havia acontecido. Não podemos jogar assim. Não é a primeira vez, temos que enviar uma mensagem importante. Um sinal.”, relatou Maignan, goleiro Rossonero.
“Neste momento não gostaria de falar com as pessoas que fizeram isso, seria inútil. Para ajudar todos que sofrem o que sofri, precisamos de punição. Eles são ignorantes, devem permanecer em casa. Torcedores de verdade vêm ao estádio para torcer, essas coisas não podem acontecer no futebol. Eu não queria voltar. Todos vieram até a mim e então entramos em campo para vencer a partida. A resposta certa foi somar os três pontos.”, completou.
A vitória do Milan por 3 a 2 foi ofuscada por inúmeros atos racistas, levando à interrupção da partida. O Milan vencia a partida por 1 a 0 quando foi paralisada, após o reinício, enfrentaram uma virada momentânea antes de buscar uma vitória emocionante com um gol nos acréscimos.
Ao final da partida, Maignan, que também é parte da seleção francesa, não apenas expressou sua indignação com o incidente, mas também fez um apelo direto às autoridades. Ele enfatizou a importância de uma posição firme por parte do Ministério Público. Além disso, Maignan ressaltou que os jogadores devem desempenhar um papel importante contra o racismo no esporte.
“O Ministério Público deve tomar uma posição muito forte, até porque às vezes nada acontece. Nós, jogadores, por outro lado, devemos e podemos dar um sinal muito forte.”
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