Um ano da morte de Pelé: confira homenagens ao Rei do Futebol
Por Hugo Araújo
Nesta sexta-feira (29) completa um ano da morte do Rei do Futebol. Em 2022, aos 82 anos, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, morreu vítima de falência múltipla de órgãos pela progressão de um câncer no cólon e infecção respiratória. Hoje, o mundo prestou homenagens ao homem que revolucionou o esporte.
Tricampeão da Copa do Mundo com a Seleção Brasileira em 1958, 1962 e 1970, autor de 1283 gols em 1363 jogos (incluindo amistosos não-oficiais) e eleito jogador e atleta do século pela Fifa, órgão máximo do futebol, e Comitê Olímpico Internacional (COI), o mineiro de Três Corações recebeu cerimônias religiosas na cidade onde nasceu, e, às 19h30, no Rio de Janeiro, o arcebispo da cidade, Dom Orani Tempesta, lerá uma mensagem do Papa Francisco em missa celebrada, com o reitor do Santuário do Cristo Redentor, o padre Omar Raposo. O principal ponto turístico do Rio ainda receberá projeções das camisas mais famosas usadas pelo Rei ao longo da carreira.
Na cidade de Santos, a Memorial Necrópole Ecumênica preparou um esquema especial para permitir que fãs acessem o Mausoléu Rei Pelé, onde o ex-jogador foi sepultado. Na entrada do local, existem duas estátuas de tamanho real do camisa 10, esculpidas em metal, um piso coberto de grama sintética e, nas paredes, um vasto painel que simula a torcida do Santos.
Pelas redes sociais, o Peixe, equipe que revelou o Rei do futebol, reverenciou a imortalidade de Pelé e o chamou de símbolo de genialidade, excelência e perfeição. Com a camisa santista, Pelé fez 1.116 jogos, com 1.091 gols e incríveis 45 títulos, entre eles seis Campeonatos Brasileiros, duas Copas Libertadores, duas Copas Intercontinentais e dez Campeonatos Paulistas.
Em seus tempos de Seleção Brasileira, equipe que Pelé marcou 77 gols em 92 partidas oficiais (consideradas pela Fifa), sendo 12 destes gols em 14 jogos da Copa do Mundo, o Rei do Futebol, além dos três títulos mundiais, conquistou duas Copas Roca (1957 e 1963), uma Taça do Atlântico (1960), três Taças Oswaldo Cruz (1958, 1962 e 1968) e uma Taça Bernardo O'Higgins (1959), torneios sul-americanos.
A Conmebol, Confederação Sul-Americana de Futebol, publicou uma ilustração de Pelé com a camisa verde e amarela, coroa e troféus e publicou que “Pelé deu vida à camisa 10, transcendeu fronteiras e mudou a história do futebol. Sua genialidade em campo mostrou ao mundo o melhor do talento sul-americano".
Já a Fifa, organização máxima do futebol, usou menos palavras, dizendo que hoje faz "um ano que nos despedimos de uma lenda”.
Vale destacar que enquanto a Fifa considera que Pelé marcou 77 gols em 92 partidas oficiais, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), por exemplo, diz que são 113 jogos e 95 gols marcados, o que daria o posto de artilheiro máximo da Seleção para Pelé. No último dia 8 de setembro, em partida contra a Bolívia, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo, Neymar chegou aos 79 gols com a Seleção.
Além de Santos e Seleção, Pelé também vestiu a camisa do New York Cosmos, dos Estados Unidos, realizando 111 partidas, com 65 gols marcados e o título da North American Soccer League de 1977.
OUTROS FATOS E HOMENAGENS
No último dia 25 de dezembro, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que institui oficialmente o dia 19 de novembro, data que Pelé marcou seu milésimo gol, em 1969, contra o Vasco, no Maracanã, como Dia do Rei Pelé.
Na língua portuguesa, Pelé virou um verbete para significar: “Que ou aquele que é fora do comum, que ou quem em virtude de sua qualidade, valor ou superioridade não pode ser igualado a nada ou a ninguém“.
O COB (Comitê Olímpico do Brasil) batizou com o nome de Pelé o troféu dado ao melhor atleta olímpico do ano. A taça do Campeonato Paulista ganhou uma coroa em homenagem e o Rei também virou nome de estádio em países como Cabo Verde, Colômbia, Ruanda, Guiné-Bissau e Panamá.
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