sábado, 9 de dezembro de 2023

Santos elege novo presidente em meio a dívidas, queda e reformulação

 


Por Lucas Musetti Perazolli e Gabriela Brino | Folhapress

Santos elege novo presidente em meio a dívidas, queda e reformulação
Foto: Ivan Storti / Divulgação SantosFC

A eleição no Santos ocorrerá neste sábado (9), na Vila Belmiro e o novo presidente do clube terá desafios pela frente. Entre eles, a inédita queda contra o rebaixamento, dívidas deixada por gestões passadas e reformulações no futebol. Os candidatos são Ricardo Agostinho, Wladimir Mattos, Rodrigo Marino, Maurício Maruca, e Marcelo Teixeira.
 

O novo mandatário precisará reformular o futebol ao patamar da série B. Hoje, o Santos tem jogadores com salários acima do que poderá pagar em 2024 e precisará enxugar o seu elenco, que conta com 35 jogadores.
 

Lucas Lima, Jean Lucas, Soteldo e Morelos são alguns exemplos de salários difíceis de pagar na realidade da próxima temporada. A nova direção pode ter que negociá-los.
 

O futuro presidente também terá que lidar com a inédita queda para a B e planejar como conter a onda de violência do seu torcedor.
 

Na quarta, dia da derrota para o Fortaleza, oito veículos foram incendiados nos arredores após conflito entre organizadas e polícia. Dentro do estádio, cadeiras, chinelos, bombas e outros objetos foram arremessados no gramado.
 

Já na última quinta-feira, um grupo de 20 torcedores organizados invadiram a Vila Belmiro atrás do presidente Andres Rueda. O dirigente está em casa e não tem dado expediente.
 

Para as eleições, o Santos organiza uma segurança a nível de "clássico" para respaldar os candidatos. Os associados passarão por revista, haverá uma delegacia móvel à disposição e polícia militar, civil e aporte de todo o time de seguranças do clube.
 

Dívidas
 

O Conselho fiscal demonstrou preocupação para o primeiro trimestre de 2024 mesmo diante do superávit de R$ 48.532.246,00 no terceiro trimestre de 2023, que encerrou em 30 de setembro.
 

O órgão esclareceu que as contas fecharam no azul às custas das vendas de Ângelo e Deivid Washington (ambos ao Chelsea) e do contrato de propaganda estática no estádio feito com a Brax, empresa de marketing esportivo.
 

Durante o ano, o Santos precisou recorrer ao empréstimo bancário para conseguir manter seu fluxo de caixa. A diretoria usou as cotas de televisão para pagar os débitos e prevê a última parcela paga neste mês.
 

Em meio ao cenário da luta contra o rebaixamento, o Santos também solicitou ao Conselho Deliberativo a antecipação de R$ 30 milhões referentes as cotas do Campeonato Paulista de 2024, que foi aprovado por ampla maioria.
 

O presidente Andres Rueda renegociou dívidas antigas e resta quitar a do Krasnodar pela compra de Cueva. Na época, o Peixe desembolsou R$ 41 milhões pelo jogador e ainda faltam R$ 22 milhões a serem pagos.
 

Em contrapartida, Rueda atrasou os salários de funcionários e jogadores na última sexta-feira, sexto dia útil do mês, sem qualquer justificativa. O único alento é que muitas dívidas foram pagas e renegociadas. Contabilmente, o clube está em conformidade. O departamento financeiro possui um fluxo de caixa real e bem fiscalizado. No entanto, nosso fluxo de caixa é extremamente preocupante para o primeiro trimestre de 2024
 

Membros do Conselho Fiscal do Santos.

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