Paiva valoriza título do Bahia e diz que folha salarial não ganha jogo: "Senão PSG e Manchester City ganhariam sempre"
O técnico Renato Paiva valorizou a conquista do 50º título Baiano do Bahia neste domingo (2). O comandante destacou o jogo duro imposto pelo Jacuipense no triunfo do Tricolor por 3 a 0, que venceu o confronto pelo placar agregado de 4 a 1. O comandante português minimizou as diferenças nas folhas salariais entre os os dois clubes e brincou ironizando que PSG e Manchester City não são campeões sempre.
"Não há finais fáceis, independentemente da folha salarial. Se as folhas salariais ganhassem, o PSG e Manchester City ganhariam sempre. Às vezes folha salarial não entra no campo. Eu sabia que seria um final difícil, não esperava o Jacuipense defender tão baixo e isso tirou velocidade e fluidez do jogo. Tivemos que ter mais paciência e foi o que pedi aos jogadores no intervalo. Paciência para circularem a bola. Eles queriam entrar muito rápido e não conseguíamos gerar os espaços no primeiro tempo, também por mérito do adversário, porque não jogamos sozinhos, compactou o bloco e se fechou muito bem. Quisemos às vezes insistir no corredor central. Na segunda parte pedimos calma, paciência e os jogadores na segunda parte, com paciência e mais critério, conseguiram fazer o resultado, que até acho exagerado pelo trabalho do Jacuipense. Mas o futebol é assim mesmo", afirmou em entrevista exclusiva ao programa BN na Bola, da Rádio Salvador FM 92,3.
Paiva falou das críticas recebidas durante a má fase do Tricolor neste primeiro semestre. O time foi eliminado da Copa do Nordeste na fase de grupos, chegando na última rodada sem chance nenhuma para brigar por vaga. No entanto, a equipe consegue abocanhar o título estadual e levantar uma taça antes de começar o Brasileirão.
"Faz parte, o futebol sempre será assim. Desde que chegamos, desde o meu primeiro dia eu falei que o Bahia era o favorito a ganhar o Baiano. Sabia que na Copa do Nordeste seria bem mais difícil. Não espera de fato ficar fora dos quatro, foi um mau momento. Mas quero desfrutar do momento bom. Confirmamos nosso favoritismo, entramos para a história do clube com o 50º título. Méritos dos jogadores que é dentro do campo que se ganha os títulos. Foi extraordinário, fico orgulhoso de trabalhar com eles. Merecem muito. Souberam ultrapassar os momentos complicados e difíceis. Continuo pedindo um pouco mais de tempo para a equipe crescer, mas estamos felizes e orgulhosos pela vitória", comentou.
O português também exaltou a torcida do Tricolor que lotou a Arena Fonte Nova. Para ele, o apoio vindo das arquibancadas foi determinante para o time construir o placar no segundo tempo.
"Ganhamos para a torcida do Bahia. Quando a torcida faz o que fez hoje do primeiro ao 90º minuto apoiar. Houve momentos no jogo que estava difícil, erramos passes, mas eles cantaram e apoiaram e é isso que eu peço. Depois no fim ou no intervalo, se tiver que xingar. Mas durante não, por favor, porque os jogadores sentem isso, eles querem apoio e hoje foi muito importante, alavancaram nosso jogo. Estas vitórias são fundamentalmente para a torcida, porque é quem sofre muito pelo clube, tem uma vida difícil muitas vezes, mas mete o Bahia à frente de muitas coisas na vida pessoal. Nós estamos muito orgulhosos de deixá-los felizes", falou.
Renato Paiva ainda falou da fitinha do Senhor do Bonfim. O português chegou a amarrar, mas ela acabou caindo antes de partida. Porém, ele revelou os pedidos que fez.
"Vou ser honesto, para desgosto meu, a fita caiu, porque quem fez os nós não fez bem. Tenho a fita guardada", revelou. "Pedi saúde, muita saúde. Este título é para Bruno Queiroz, porque é um dos nossos por estar num momento difícil. Estamos com ele e ele está conosco. Mandamos uma mensagem extraordinária hoje de manhã. É um campeão e vai ser campeão como nós ganhamos hoje. Estamos com ele. Eu peço saúde para ter condições de trabalho. Desde que eu tenha condições de trabalho, eu tenho muita confiança no meu trabalho e volto a repetir. Deem tempo e tenha paciência que verão o trabalho de Renato Paiva, do staff e do elenco, porque são pessoas extraordinárias. Mas precisamos de tempo", finalizou.
Agora, o Bahia foca na preparação visando o confronto da terceira fase da Copa do Brasil diante do Volta Redonda, além da estreia no Brasileirão. O primeiro desafio na elite do futebol nacional será contra o Red Bull Bragantino.
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