terça-feira, 17 de junho de 2025

Protocolo antirracismo da Fifa é acionado pela primeira vez na Divisão de Acesso do Goianão; entenda

 


Por Redação

Protocolo antirracismo da Fifa é acionado pela primeira vez na Divisão de Acesso do Goianão; entenda
Foto: Reprodução/TBC

O empate sem gols entre Rio Verde e Anapolina, no último domingo (15), pela quinta rodada da Divisão de Acesso do Campeonato Goiano, entrou para a história da competição por um motivo inédito. Pela primeira vez, o protocolo global antirracismo da Fifa, adotado pela CBF nesta temporada, foi ativado em um jogo estadual, após uma ofensa racial cometida pelo meia Patrick, do time da casa, contra o goleiro Artur, da equipe adversária.

 

Aos 48 minutos do segundo tempo, o árbitro Jefferson Ferreira expulsou o jogador do Rio Verde por “cometer ato de racismo”. Segundo a súmula, Patrick se dirigiu ao goleiro da Rubra com as palavras: “Volta para o gol, negão, c...! Vai se f...”. Após o episódio, o árbitro cruzou os braços em “X” na altura do peito — gesto oficial da Fifa para sinalizar atos de racismo em campo — e registrou o ocorrido de forma detalhada.

 

O desentendimento entre os atletas começou após uma cobrança de falta em que um jogador da Anapolina caiu na barreira. Patrick tentou levantar o adversário, e o goleiro Artur se aproximou para intervir, dando início à discussão que culminou na ofensa e no acionamento do protocolo.

 

Apesar da gravidade do ocorrido, Artur optou por não formalizar uma denúncia criminal. “Após o término da partida, o goleiro foi consultado sobre a possibilidade de registrar um boletim de ocorrência, mas preferiu não seguir com a denúncia, dizendo que aceitou as desculpas de Patrick e considerou a situação resolvida de forma pessoal e esportiva”, registrou o árbitro na súmula.

 

Mesmo assim, o caso pode avançar no âmbito esportivo. Por estar descrito na súmula, o episódio poderá ser analisado pelo Tribunal de Justiça Desportiva de Goiás (TJD-GO). Patrick pode ser enquadrado no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de atos discriminatórios e preconceituosos. A pena prevê suspensão de cinco a dez partidas, além de multa entre R$ 100 e R$ 100 mil.

 

Até o momento, nem Rio Verde nem Anapolina se pronunciaram oficialmente sobre o caso.

https://www.bahianoticias.com.br/esportes

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