O Bahia ampliou o prejuízo financeiro em 2024, primeiro ano completo sob gestão como Sociedade Anônima do Futebol (SAF), encerrando o exercício com um déficit de R$ 246,5 milhões. O balanço financeiro, mostra um crescimento expressivo no prejuízo em comparação a 2023, quando o clube havia registrado perdas de R$ 66 milhões. O BP Money, portal especialista no mercado financeiro e parceiro do Bahia Notícias, detalhou o prejuízo do Tricolor.
Sob o comando do Grupo City, o Bahia aumentou consideravelmente seus investimentos, principalmente em folha salarial e contratações. O custo com salários, incluindo encargos, atingiu R$ 293,7 milhões — um aumento de 70% em relação aos R$ 172,5 milhões gastos no ano anterior. O valor superou a folha do Cruzeiro (R$ 200 milhões) e se aproximou da do Palmeiras (cerca de R$ 391 milhões).
O investimento em reforços também subiu. Em 2024, o Bahia SAF desembolsou R$ 97,2 milhões em contratações, quase o dobro dos R$ 55 milhões investidos em 2023.
Conforme o relatório financeiro, o crescimento das despesas foi impulsionado principalmente pelo aumento nos investimentos em atletas. Apesar do aumento de 27% na receita bruta, que chegou a R$ 299 milhões, o valor não foi suficiente para cobrir os novos gastos.
O rombo financeiro ocorre após um primeiro ano já deficitário sob a gestão do Grupo City. A diretoria da SAF já previa um desequilíbrio no curto prazo e projeta equilibrar receitas e despesas nos próximos anos, com a consolidação de uma estratégia baseada no fortalecimento do elenco e na geração de novas receitas.
No campo, o desempenho foi positivo: o Bahia conquistou a classificação para a Copa Libertadores da América e atualmente lidera seu grupo na competição continental, alcançando um dos principais objetivos da temporada.
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