Com nova MP, pobres terão mais condição de crescimento, analisa diretor do Olímpia


Com nova MP, pobres terão mais condição de crescimento, analisa diretor do Olímpia
Foto: Divulgação
“Com a MP em vigor, os pobres (...) terão muito mais condição de crescimento”: esta é uma análise do diretor de comunicação do Olímpia Jiovani Soeiro, sobre a Medida Provisória nº 984/2020, editada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que modifica, dentre outros pontos, concede ao clube mandante o poder do de direito de transmissão das partidas de futebol no país (leia mais aqui).  

“É compreensível o argumento de que o valor das cotas de TV sustenta muitos clubes, mas, por menor que seja o Olímpia, nossa concepção é de que a organização, planejamento e uma ativação de marca profissional vai nos permitir crescer desapegados de mecanismos viciados, injustos - na maioria dos casos - e tendenciosos. Não tem com o que se iludir. No modelo antigo, é latente a teoria de que o rico fica cada vez mais rico e o pobre cada vez mais pobre”, analisa o dirigente do clube que disputa a Série B do Campeonato Baiano, e tem o meia Anderson Talisca como mecenas.

Para Soeiro, o sucesso dos clubes pequenos do país passa diretamente pelo bom desempenho esportivo das agremiações mais tradicionais. “Não consigo pensar nessa situação de forma a desvincular os mundos dos times ricos e times pobres. O sucesso do futebol brasileiro depende de uma cadeia: os grandes precisam ser campeões da Libertadores, Sul-Americana, Mundial e etc.”, opina. “Enquanto isso, nós, clubes formadores, importadores e exportadores de atletas, teremos mais demandas. Fazendo um trabalho de marketing profissional, paralelamente, a tendência de sucesso, no meu entender, é melhor”, acrescenta.


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Relato de uma sobrevivente: ‘O medo da morte me rondava’

Jornalista conta como encarou 21 dias de isolamento, sintomas e angústias
Ao ter o primeiro sintoma estranho, a jornalista Mariana Machado, 47 anos, percebeu que não devia ficar em casa. A falta de ar, tão representativa da covid-19, podia ser um indicativo de um temido diagnóstico. De fato, era. Poucos dias depois, recebeu o resultado de um teste positivo para coronavírus.

Dali em diante, vieram dias de isolamento enfrentados em casa, sozinha, sabendo que não poderia ficar perto da família. “Ter a certeza de se estar com a covid-19 em meados de maio, na Bahia, era quase como ter uma sentença de morte por um crime que você não cometeu”, diz. Em um relato enviado ao CORREIO, ela conta como sobreviveu ao coronavírus.
"Hoje, eu faço 47 anos. E, como a maioria dos 82 mil baianos infectados até sábado (4), sobrevivi à covid-19. Aquela que já é considerada a pior pandemia do século XXI marcará a vida da humanidade, sim, de diversas maneiras. Muitas dessas histórias são imensamente tristes. Essa é a minha história. Uma história de dor física, psicoló- gica mas também de solidariedade e, principalmente, de superação! Numa noite nos primeiros dias de maio, senti um leve desconforto para respirar. Puxava, mas o ar não vinha. No dia seguinte, percebi que estava, de fato, com falta de ar e era um sintoma muito sugestivo para ficar em casa. 
Procurei num dos serviços digitais de monitoramento do coronavírus do governo do Estado e fui aconselhada pelos médicos a procurar uma unidade de saúde mais próxima de casa. Estava sozinha e teria de enfrentar isso sozinha, afinal já era 1h30 da madrugada e eu morava só. 
Peguei um Uber na portaria do condomínio. Cheguei à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e fui imediatamente atendida. A médica no plantão, apesar de muito jovem, demonstrava uma segurança e firmeza impressionantes. Conversou sobre a saturação de minha respiração, sobre a grande quantidade de pacientes entubados e, para afastar qualquer possibilidade de ser uma crise de ansiedade, pediu um raio-x do tórax.
Tudo muito rápido, inclusive o resultado: infecção respiratória com suspeita para covid-19. No raio-X, a médica ainda pôde me mostrar as lesões que já havia em meu pulmão. Me receitou azitromicina, teste RT-PCR e 14 dias de isolamento social total e me mandou para casa. Incrédula e trêmula,  fiz tudo no automático.
Quando saí da UPA, quase 3h da manhã, sem transporte, é que me dei conta de que, na minha vida, nada mais era normal. Liguei para dois amigos, mas nenhum estava em Salvador. Quando deu 4h da manhã, lembrei que em Canterberry, na Inglaterra, já eram 8 horas. E era lá que estava minha irmã mais velha, Marivane, aquela que toda a minha vida, esteve ao meu lado. Ela pediu o endereço da UPA e mandou esperar um pouco. Em menos de uma hora, para um motorista, num carro branco, e pergunta: “você é Mariana? Eu vim te buscar”. Entrei no Uber já aos prantos. 
Era quarta-feira. Às 6h da manhã,  já estava em casa, com o medicamento comprado e entregue via delivery. Minha família toda se mobilizou para me dar apoio. Meus pais, distantes, apenas choravam e rezavam. Minhas irmãs e meus sobrinhos providenciaram tudo o que eu precisasse para não passar por dificuldade. A partir daí, começou a agonia pelo monitoramento diário de meus sintomas. Dor no peito, calafrios imensos,  dores abdominais de me fazerem gritar. E diarreia, muita diarreia. Cada dia, um sintoma novo. E um medo diferente. Noite e dia se fundiram nas minhas jornadas diárias que incluíam apenas uma refeição e poucas horas de sono. O apetite desapareceu. 
Quatro dias após ter ido à UPA, recebi o resultado do Lacen pelo telefone. Deu positivo para covid-19. Se o quadro piorasse, eu deveria procurar uma unidade de saúde. Ter a certeza de se estar com a covid-19 em meados de maio, na Bahia, era quase como ter uma sentença de morte por um crime que você não cometeu. Eu tinha de ficar longe de todos que amava, para protegê-los. Doía especialmente quando minhas irmãs me traziam comida e deixavam num banco, na porta do meu apartamento. Depois, elas se afastavam da porta e, de longe, pediam para me ver. Tentavam sorrir, mas nenhuma das duas, Marivete ou Adriana, conseguia disfarçar a tristeza ao me verem tão abatida. 
Minha cabeça deu um nó! Isolamento social não é um ato saudável para a mente de ninguém. Imagine o isolamento solo. Só eu e Deus. Por 21 dias orei, rezei, questionei e  chorei, chorei muito. O medo da morte me rondava, à espreita, 24 horas. Mas se, de um lado eu estava apavorada, de outro, fui surpreendida por uma infinidade de declarações de amor, amizade, solidariedade. 
Ao fim de duas semanas, os sintomas desapareceram. Mas eu ainda teria de refazer o teste RT-PCR para voltar a trabalhar, o que demorou mais 2 semanas. Antes disso, após 3 semanas de infecção, eu pude dar meu primeiro abraço: foi no meu namorado. Um abraço longo, profundo, silencioso, mas que dizia muita coisa. Cheio de lágrimas e paz. Enfim, eu venci a covid-19".
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Manchetes, rótulos e chavões


Defender e atacar em bloco é mais importante que o sistema tático
Em 1958, há 62 anos, eu estava em um bar, com 11 anos, no bairro onde morava, junto com meus três irmãos mais velhos e meu pai, escutando a final da Copa do Mundo. Terminou 5 a 2 para o Brasil. Saímos pelas ruas cantando e dançando. Oito anos depois, na Copa de 1966, eu jogava ao lado de alguns de meus ídolos.
Na semana passada, assisti aos jogos do Brasil nos Mundiais de 1958 e 1962. Impressionava-me, desde menino, como Didi, com a parte externa do pé, dava um passe de curva, com a bola contornando o corpo do adversário, para chegar aos pés do companheiro.
Pouco tempo depois, fui ao estádio Independência, com meu pai, ver um jogo do Botafogo. Nilton Santos, contundido, foi substituído pelo irmão Nilson Santos. Fisicamente, eram idênticos.
Com poucos minutos de jogo, perguntei a meu pai: "Esse não é o craque Nilton Santos, campeão do mundo"? Ele respondeu: "Parece com ele, possui o mesmo jeito de jogar, mas não é ele". Continuei em dúvida. Veio uma bola pelo alto, e Nilson Santos a dominou no peito, ela correu muito, e o atacante fez o gol. Meus olhos e os de meu pai se cruzaram. Entendi a diferença entre a cópia e o original. O craque é. O que é, é.
Ao ver os jogos de 1958 e 1962, mudei de opinião sobre Zagallo. Achava que ele era um terceiro jogador de meio-campo, como Rivellino, na Copa de 1970. Não era. Zagallo, com um excelente preparo físico, atacava e voltava, rapidamente, para marcar pelo lado, como fazem hoje vários pontas.
As seleções de 1958 e de 1962 não jogavam no 4-3-3, como eu achava, e sim do 4-2-4, como o Santos, de Pelé, e a maioria das equipes da época. Havia quatro defensores, dois no meio-campo, dois atacantes pelos lados e dois pelo meio (um ponta de lança e um centroavante). Eram quatro atacantes.
Na Copa de 1966, a Inglaterra inovou. Em vez de dois atacantes pelos lados, o time jogava com dois meias recuados, abertos, formando uma linha de quatro com os dois volantes, além de dois atacantes (4-4-2). Talvez seja, ainda hoje, o sistema tático mais usado em todo o mundo.
Com o desenvolvimento da ciência esportiva e, principalmente, da preparação física, surgiram jogadores pelos lados, que defendem quando o time perde a bola (4-4-2) e atacam quando a recupera (4-2-4).
Várias grandes equipes do futebol mundial jogam dessa forma, como o Bayern de Munique. A seleção brasileira também tem essa opção. Tite pode escalar Neymar pelo centro, formando dupla com o centroavante, e mais um jogador de cada lado, com características de atacante, mas que voltam para marcar. Há vários com essas características.
Neste ano, antes da epidemia, o Palmeiras jogou dessa maneira (Willian e Rony, pelos lados, e Dudu, pelo meio, perto do centroavante). São quatro atacantes. Quando o time perdia a bola, Willian e Rony voltavam para marcar. Luxemburgo pretende fazer o mesmo quando o time voltar a jogar.
Porém, mais importante que o sistema tático é a capacidade de uma equipe defender e atacar em bloco e pressionar quem está com a bola, como fazem o Flamengo e as grandes equipes do mundo. O Palmeiras, com Luxemburgo, avança com quatro atacantes, mas, quando perde a bola, deixa enorme espaço para o adversário, já que os zagueiros continuam colados à grande área e longe do meio-campo.
Jogar com quatro atacantes virou rótulo de time ofensivo. A maioria só se interessa pelas manchetes, rótulos e chavões. Não quer saber de discussões nem de aprofundamento das coisas.
Tostão
Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina.


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Mudança no Mecanismo de Solidariedade da Fifa amplia benefício para clubes formadores


Mudança no Mecanismo de Solidariedade da Fifa amplia benefício para clubes formadores
Foto: Divulgação/Fifa
Uma mudança no Mecanismo de Solidariedade da Fifa pode ajudar os clubes financeiramente de agora em diante. Esta semana, a entidade adicionou um artigo no Regulamento de Status e Transferências dos Jogadores que vai incentivar ainda mais a bonificação na transferência de jogadores para as equipes.

Divulgado pela coluna Lei de Campo do UOL Esporte, um clube de treinamento agora terá direito aos 5% de contribuição quando a transferência for entre clubes afiliados a diferentes associações e quando for entre clubes afiliados à uma mesma associação, contanto que o clube de treinamento seja afiliado a uma associação distinta.

Para exemplificar, a coluna trouxe o caso do atacante Richarlison, que atualmente joga pelo Everton, na Inglaterra. Revelado pelo América-MG, o clube recebeu 5% de solidariedade quando o jogador foi transferido do Fluminense para o Watford em 2017. Na temporada seguinte, Richarlison saiu do Watford e foi para o Everton, dois clubes que fazem parte da Football Association (FA). Na época, o time mineiro recebeu pela transferência internacional do atacante, mas não recebeu pela transferência entre os associados da FA. Se a mudança do jogador entre os clubes ingleses fosse hoje, com a nova mudança da Fifa, o América-MG também receberia a porcentagem. 

“Valores que podem até significar a sobrevivência das atividades de um clube, se considerarmos que a grande maioria dos clubes que tem direito a receber valores de Solidariedade são clube médios ou pequenos, que muitas das vezes não têm outra fonte de receita”, comentou o Felipe Mourão, advogado especialista em direito esportivo para a Lei de Campo.

Criado para beneficiar os clubes formadores e estimular a transferência de jogadores, o Mecanismo de Solidariedade tem uma porcentagem proporcional quanto a idade do atleta e quantidade de temporadas nas categorias de base. 

Nas temporadas de um jogador entre seu 12º e 15º aniversário, o clube formador recebe 0,25% da transferência por cada temporada do atleta na equipe. Já do 16º ao 23º aniversário, o clube recebe 0,50% por temporada.

"Isso pode ter um impacto enorme para o futebol brasileiro e sul-americano como um todo, porque os jogadores brasileiros e sul-americanos estatisticamente são os que mais estão envolvidos em transferências no mundo todo”, apontou o advogado. 

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Atlético de Alagoinhas se prepara para fazer exames e retomar treinos nesta segunda


por Leandro Aragão / Milena Lopes
Atlético de Alagoinhas se prepara para fazer exames e retomar treinos nesta segunda
Foto: Reprodução / Facebook
O Atlético de Alagoinhas está se planejando para retomar os treinos na próxima segunda-feira (6). Depois que a equipe se apresentar, neste domingo (leia mais) e passarem pelos testes para Covid-19, a equipe já deve iniciar seus trabalhos em preparação para volta do Campeonato Baiano. 

"O resort já está fechado, fica na cidade de Santo Estevão. Os jogadores chegam no domingo (...) e de lá vão seguir para Santo Estevão” declarou o presidente do clube Albino Leite em entrevista para o Bahia Notícias. 

Contratado recentemente para a equipe, o técnico Agnaldo Liz explicou no fim do mês passado que a escolha do local para realizar os treinos foi pensado de forma que os jogadores e a comissão possam ficar todos isolados ao mesmo tempo e, o ideal, foi buscar um hotel que tivesse um campo gramado para realização dos trabalhos com o time do Carcará (veja aqui). 

“Na segunda estarei com a clínica Clila, que é certificada, para fazer os exames de manhã cedo. Até às 13h já tenhamos todos os resultados e já vamos começar a treinar", completou o presidente, explicando sobre a testagem da equipe antes da volta às atividades. 

Sobre as expectativas para a volta do futebol, o dirigente falou dos objetivos do Atlético para este ano. "Primeiro passo é buscar a Copa do Brasil, lutar para chegar na reta final do Baianão e na Série D vamos buscar subir. Quero que em outubro ou novembro o Atlético esteja entre os quatro que vão subir para a Série C", finalizou Albino Leite.

Atualmente, a equipe está apenas com o Campeonato Baiano paralisado. Ocupando a quinta colocação da tabela e empatado com o Vitória, quarto colocado, com 11 pontos. O Atletico de Alagoinhas briga por uma vaga no G-4, já que possui apenas quatro pontos de diferença para o líder Bahia. 

Em setembro, segundo as previsões de calendário da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a equipe vai começar a disputa da Série D do Brasileirão. No início deste ano, o Carcará chegou a jogar pela Copa do Brasil mas foi eliminado na primeira fase após empatar em 0 a 0 contra o Botafogo-PB.

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Casagrande relata medos, redenção e encontro com demônios em novo livro

por Alex Sabino | Folhapress
Casagrande relata medos, redenção e encontro com demônios em novo livro
Foto: Reprodução / O Globo
"Travessia" provavelmente torna Walter Casagrande Júnior, 57, o jogador com o maior número de autobiografias do futebol brasileiro. A parceria com o jornalista e escritor Gilvan Ribeiro começou em 2013, com "Casagrande e seus Demônios", e continuou três anos depois, com "Sócrates & Casagrande - uma história de amor".

O primeiro falava da vida de Casagrande como jogador, dependência química e recuperação. O segundo abordava a convivência com Sócrates, que ele considerou seu grande parceiro dentro de campo e amigo fora dele, com idas e vindas até a morte do meia, em 2011.

"Travessia", lançado neste mês pela Globo Livros, se propõe a passar uma mensagem para dependentes químicos. Algo que o próprio Casão, como é chamado pelos amigos, ainda considera ser, já que ressalta estar em recuperação.

"Dedico este livro a todos os dependentes químicos, principalmente os da Cracolândia, vítimas do descaso do poder público na recuperação deles", escreve Casagrande na dedicatória da obra. É a frase que resume o propósito de escrever uma terceira biografia.

A ideia da dupla é contar como tem sido a vida do atual comentarista da Globo desde 2015, quando se internou voluntariamente em uma clínica. É o ano que considera seu marco zero de estar livre de todas as drogas. Inclusive do álcool, que ele se permitia consumir mesmo quando estava em recuperação de outros entorpecentes, como cocaína e heroína.

Segundo o centroavante da seleção no Mundial de 1986, a ideia de contar seus últimos cinco anos surgiu ao retornar ao Brasil da Copa da Rússia. Foi quando percebeu a repercussão do comentário feito por ele após a final entre França e Croácia.

Emocionado e com a voz embargada, disse que aquele tinha sido o torneio mais importante de sua vida porque tinha prometido a si mesmo viajar "limpo" e voltar para casa "limpo". Aquilo havia acontecido. A declaração comoveu também o narrador Galvão Bueno.

Em 314 páginas, Casagrande e Gilvan Ribeiro desfiam as aflições de alguém em recuperação de uma dependência química. As aflições, as dificuldades de relacionamento com mulheres, os medos e o processo da retomada do afeto dos filhos.

Nenhum dos 18 capítulos de "Travessia" chama tanto a atenção quanto o terceiro e o quarto, chamados de "Demônios, o confronto final" e "Jesus na veia".

Embora fale sobre o tema em "Casagrande e seus Demônios", ele não mergulha de forma tão profunda no tema quanto nessas 26 páginas em que relata sua espécie de fascinação pelas imagens de demônios e o flerte com os escritos do ocultista Aleister Crowley, que também influenciou Raul Seixas e Paulo Coelho na década de 1970.

Casagrande recorda como incluiu os filhos em sua paranoia, turbinada por cocaína e álcool, de que havia demônios em seu apartamento. Manchas em alguns locais da casa seriam a prova. Ele inclusive narra o momento da alucinação.

Considerando-se atacado por demônios, se recosta na parede e começa a rezar em transe. "Jesus está na minha casa, vocês não podem me atacar porque Jesus Cristo está aqui", repete, até sentir que os visitantes indesejados foram embora. "Passei a aceitar Cristo", conclui.

Os outros dois livros escritos pela dupla não eram estritamente sobre futebol, mas passavam pelo esporte que sempre foi o pano de fundo da vida do jogador bicampeão paulista pelo Corinthians (1982 e 1983).

"Travessia" indica que o mundo da bola passou a ocupar um papel menor na vida de Casagrande, apesar do seu trabalho como comentarista esportivo.

Algumas características da terceira obra se repetem em relação às anteriores, mas ela mostra de maneira mais explícita como é tortuoso o caminho da recuperação de um dependente químico, principalmente uma figura pública que desperta curiosidade quando começa a namorar.

Foi o que aconteceu no breve relacionamento que o ex-jogador teve com a cantora Baby do Brasil. Nesse período, ele considera que sua privacidade foi invadida pela mídia e se sente muito desconfortável com isso.

Gilvan Ribeiro usa também depoimentos de terapeutas, amigos, filhos de Casagrande e da própria Baby para reconstruir os medos, angústias, frustrações e sucessos dos últimos anos do comentarista.

Na sua terceira autobiografia, Casão deixa uma mensagem para quem tenta se recuperar do vício e também viu demônios, reais ou imaginários.

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'Em princípio', Fonte Nova não deve receber jogos de futebol, diz Vilas-Boas

por Lula Bonfim / Matheus Caldas
'Em princípio', Fonte Nova não deve receber jogos de futebol, diz Vilas-Boas
Foto: Tiago Caldas / Bahia Notícias
Principal estádio de Salvador, a Arena Fonte Nova, inicialmente, não está nos planos como um dos estádios a receber partidas da Copa do Nordeste, caso a capital baiana seja realmente oficializada como sede única da segunda parte da competição.

De acordo com o secretário estadual da Saúde (Sesab), Fábio Vilas-Boas, contudo, a possibilidade não é descartada. “Em princípio, não [possibilidade de haver jogos na Arena],mas não está totalmente descartado”, explicou, em entrevista ao Bahia Notícias.

Segundo o titular da pasta, o hospital de campanha instalado no estádio deve funcionar, “no mínimo”, até dezembro deste ano. No local, funciona uma unidade hospitalar especializada no tratamento de pessoas infectadas pelo novo coronavírus. 

Segundo apuração do Bahia Notícias, Salvador saiu na frente de Fortaleza para ser a sede da competição regional (leia mais aqui). Na última quarta-feira (1º), o prefeito ACM Neto (DEM) admitiu a possibilidade, mas destacou que ainda não há martelo batido para isto (leia mais aqui).

Além da Fonte Nova, Salvador possui Barradão e Pituaçu como estádios prontos para receber grandes jogos. Enquanto isso, Feira de Santana poderia ser uma subsede, já que o município tem a Arena Cajueiro e o Joia da Princesa.

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Dupla Ba-Vi vê como positiva mudança nos direitos de transmissão; especialista aponta riscos

Atarde

Com pouca bola rolando por gramados brasileiros, temas extracampo ganharam mais força durante a pandemia do novo coronavírus. Entre esses assuntos está a Medida Provisória (MP) 984, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro em junho. A MP do Futebol, como tem sido chamada, transfere ao mandante da partida o direito de transmissão daquele evento.
A MP 984, como todas as outras, não é uma decisão definitiva até que seja aprovada no Congresso Nacional. Ela é válida inicialmente por 60 dias, com possibilidade de ser prorrogada por mais 60.
Até então, a legislação previa que a transmissão só era possível quando havia acordo entre os dois clubes envolvidos no jogo em questão. Ou seja, uma emissora ou canal de streaming teria que comprar os direitos televisivos de mandante e visitante.
Na nova dinâmica, cada clube fica livre para negociar seus jogos em casa ou até transmiti-los por conta própria. Para Amir Somoggi, sócio-diretor da Sports Value e especialista em marketing esportivo, a mudança é boa, mas acontece de forma perigosa para o clubes.
“É algo positivo, o problema é a forma que foi encontrada para alcançar isso. Então, a vantagem é poder falar sobre isso, e a desvantagem é a forma, no meio de uma guerra entre governo e Globo, não é o ideal. Isso pode até afetar todas as outras questões, e os clubes podem acabar perdendo dinheiro”, disse Somoggi, que alertou também para a chance de se criar um abismo ainda maior entre clubes no futebol brasileiro.
“Sim, os clubes com maior potencial podem se distanciar cada vez mais dos clubes menores, que vão ficando para trás até por ter menos estrutura”.
Somoggi tocou em outro ponto importante, ao afirmar que as equipes brasileiras ainda não estão prontas para lucrar com seus produtos em plataformas online, caminho apontado por muitos como o futuro das transmissões esportivas.
“Nenhum clube está preparado para explorar comercialmente seus jogos. Hoje os clubes brasileiros mal sabem monetizar suas redes sociais. Eles estão dando receita para YouTube, Facebook, Instagram, ao invés de ganharem receita com seus conteúdos. Por isso entendo que seja um passo muito arriscado, e que alguns clubes ainda vão sofrer muito por perda de receita de televisão daqui para a frente”, pontuou.
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R$ 10: Flamengo quis inovar, mas o tiro saiu pela culatra com protesto virtual de torcedores

Fox

Como dizem na gíria: o Flamengo deu uma volta no seu torcedor. O sucesso da transmissão da Fla TV na última quarta-feira (1° de julho) que foi de graça, agora será cobrada para o jogo da semifinal contra o Volta Redonda, domingo (5), no Maracanã.
Quem não é sócio-torcedor terá que pagar R$ 10,00 para assistir a peleja por um aplicativo: MyCujoo. A maior torcida do Brasil reagiu nas redes sociais, na noite de sexta-feira e no sábado, madrugada adentro, e criticou a atitude do clube. Várias hashtags ( #FlamengoEClubeDoPovo #CancelaFlaTV #R$10 #Landim #ForaLandim) encheram o Twitter com frases de protestos e xingamentos. O principal alvo foi o presidente Rodolfo Landim.
A torcida Rubro-negra sentiu-se traída depois do apoio maciço para a Fla TV atingir números absurdos e quebrar recordes. A transmissão pelo YouTube, no canal do clube, teve pico de audiência de 2,2 milhões.
O resultado de domingo poderá ser lucrativo e é a tendência natural de mercado. Mas fortalecer o seu próprio canal e melhorar a transmissão da Fla TV poderia ser o maior trunfo do Flamengo com os seus torcedores.
Ainda dá tempo da diretoria do Fla virar o jogo. A empatia da torcida com o clube que era de 100% de engajamento tornou-se um 7 a 1. O time do povo vai aos poucos adaptando-se a nova realidade do futebol business: elitizado e moderno. Mas as suas raízes estão cada vez mais vazias como um Maracanã em tempos de coronavírus.

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Rescisão da Globo com os times do Rio coloca transmissões em xeque no Brasil

Super Esportes

A Globo anunciou na quinta-feira que rescindiu o contrato de transmissão do Campeonato Carioca. A emissora do Rio alegou quebra da exclusividade prevista no contrato após o Flamengo transmitir pela internet partida contra o Boavista na noite de quarta-feira, pela Taça Rio, o segundo turno do Estadual.
Especialistas em direito e marketing esportivo ouvidos pelo Estadão analisam que as decisões tomadas por Globo e Flamengo e a Medida Provisória 984 publicada pelo presidente Jair Bolsonaro reforçam que o atual modelo de negociação de transmissão de jogos de futebol no Brasil está ameaçado e o cenário é incerto para o futuro.
A MP dá aos clubes a prerrogativa de vender os direitos de transmissão dos seus jogos quando forem os mandantes independentemente de qualquer negociação com o adversário. Até a edição da medida provisória, era preciso ter a anuência do visitante para televisionamento das partidas. Foi com base na MP, inclusive, que o Flamengo transmitiu o seu jogo do Campeonato Carioca na FlaTV e chegou a ter mais de 2,2 milhões de acessos simultâneos.
A resposta da Globo veio com a rescisão do contrato de transmissão de todo o campeonato. A emissora anunciou que vai manter os pagamentos previstos para este ano, mas a partir de 2021 não o fará mais.
Estima-se que a Globo pague cerca de R$ 100 milhões para transmitir os jogos do Carioca, sendo R$ 18 milhões para cada um dos grandes clubes do Rio. Uma menor parte fica com a federação e os demais times, que perdem boa parte de suas receitas sem os direitos de TV.
“Entramos num jogo de xadrez e a Globo movimentou peças interessantes. Os reflexos já são sentidos, pois muitos financiadores do futebol que trabalham amparados em adiantamentos de receitas com TV sumiram. O mercado está parado porque falta entendimento se haverá receitas da Globo no futuro”, disse Cesar Grafietti, economista e consultor do Itaú de finanças e gestão no esporte.
Em 2011, o mercado brasileiro de transmissões esportivas viveu situação semelhante, quando o Clube dos 13, que tratava dos direitos de TV em bloco, foi “implodido” após o Corinthians decidir negociar individualmente os seus jogos.
“A gente está numa espécie de limbo porque não há a menor perspectiva de resolver esse impasse. No fim das contas quem sai perdendo é o torcedor. Meu receio com isso tudo é que a negociação de forma individualizada tem uma tendência de causar um desequilíbrio na competição”, analisa João Marcos Guimarães, advogado especialista em direito desportivo.

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Ferj obtém liminar que obriga Globo a transmitir clássico Fluminense x Botafogo

MSN

A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro obteve nesta sexta-feira uma liminar na Justiça que obriga a Rede Globo a transmitir o clássico entre Fluminense e Botafogo, pela semifinal da Taça Rio. O duelo está marcado para este domingo, às 16 horas, e será disputado no Engenhão.
A decisão foi proferida pela juíza Eunice Bittencourt Haddad, da 24ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). Ela atendeu ao pedido da Ferj e a Globo será obrigada a transmitir o clássico, além de uma eventual final em que o mandante seja signatário do contrato de transmissão com a emissora, o que não é o caso do Flamengo.
No relatório do processo, a juíza Eunice Bittencourt Haddad contesta os argumentos da Globo, que na quinta-feira anunciou o rompimento do contrato de transmissão das partidas do Campeonato Carioca por entender que o houve quebra de exclusividade do contrato depois que o Flamengo transmitiu, na última quarta-feira, o duelo contra o Boavista em seu canal no Youtube, a FlaTV. A juíza considerou que a Ferj não tem responsabilidade na atitude do clube rubro-negro.
“Não se pode atribuir à Federação a responsabilidade pela transmissão do jogo, e pela violação à cláusula de exclusividade. Pois, repito, a partida foi transmitida em razão da edição da Medida Provisória e após decisão judicial que indeferiu pedido das rés no sentido da não transmissão. Assim, o motivo apresentado pelas rés na notificação de rescisão contratual não corresponde à realidade dos fatos. O que viola a boa-fé necessária na execução dos contratos”, afirmou.
Se descumprir a decisão, a Globo terá de pagar R$ 5 milhões de multa a cada jogo não televisionado. A tendência é de que a emissora recorra da liminar. Depois de anunciar que não irá mais transmitir os jogos, a empresa afirmou que manteria o pagamento referente às partidas deste ano, mas disse que a partir de 2021 não o fará mais.
A Medida Provisória 984 publicada pelo presidente Jair Bolsonaro recentemente dá aos clubes a prerrogativa de vender os direitos de transmissão dos seus jogos quando forem os mandantes independentemente de qualquer negociação com o adversário. Até a edição da MP, era preciso ter a anuência do visitante para televisionamento dos duelos. Foi com base na MP, inclusive, que o Flamengo transmitiu o seu jogo do Campeonato Carioca na FlaTV e chegou a ter mais de 2,2 milhões de acessos simultâneos.
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Governo do Estado autoriza patrocínio de mais de um milhão de reais para o Campeonato Maranhense 2020

Globo Esportes

Em entrevista coletiva realizada pela internet, nessa sexta-feira (3),o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), divulgou o valor e a sua autorização para liberação de patrocínio do Campeonato Maranhense 2020. A quantia a ser dividida pelos clubes será de 1,1 milhão de reais de acordo com Dino.
“Autorizei já para que haja a aprovação do projeto de incentivo fiscal. O Grupo Equatorial que irá, com a isenção fiscal do governo do estado, patrocinar como temos feito desde o início do governo. Eu já autorizei na semana passada. Esse apoio é de 1 milhão e 100 mil reais para que o Campeonato Maranhense de Futebol possa se realizar”, disse o governador.
A forma com que o patrocínio será divido ainda não foi divulgada. A tendencia é que detalhes da liberação como data e a própria divisão sejam divulgados nos próximos dias. A expectativa é que o dinheiro seja debitado ainda este mês.
O Campeonato Maranhense será retomado no dia primeiro de agosto. A competição esta suspensa desde março, quando tinha ainda sua primeira fase em disputa.
A Federação Maranhense de Futebol (FMF) divulgou na noite dessa quarta-feira (1) o protocolo para a retomado de treinos e jogos do Campeonato Maranhense 2020. No documento a FMF elencou uma série de diretrizes que implicam nas medidas sanitárias para realização de atividades nos centros de treinamentos e estádios de futebol.

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WALDEMIR VIDAL

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Programa Falando de Esportes - 02/05/2024